Qual o efeito da estrutura de redes sociais na comunicação política do século XXI? Para ajudar a responder a essa e outras perguntas o Viracasacas recebeu a antropóloga Letícia Cesarino, que tem pesquisado e escrito bastante sobre algo que ela define com um “populismo digital”. Centrada nas formas, mais do que no conteúdo, ela nos conta como essa nova economia da informação cria segmentação e entropia, próprios das estruturas do neoliberalismo e dos modelos de negócio do Vale do Silício. Discutimos como a campanha presidencial de 2018 foi capaz de criar e operar uma imagem caleidoscópica de Jair Bolsonaro e como o Whatsapp foi instrumental para uma expansão do populismo digital – na medida em que opera como um rede centralizada e cujo conteúdo é filtrado pelos próprios usuários. Ao final discutimos como as transformações nas medições informacionais, tanto das mídias como dos sistemas de peritos e especialistas, alteraram a maneira como os sujeitos entendem a própria realidade – e, claro, comentamos AO VIVO sobre o pedido de demissão do (agora ex) Ministro da Justiça Sérgio Moro, que ocorria durante a gravação do episódio!
Links e Referências do Episódio
(Artigo) Como vencer uma eleição sem sair de casa: a ascensão do populismo digital no Brasil
(Podcast) Viracasacas #134 – As Faces do Bolsonarismo – com Isabela Kalil
(Podcast) Viracasacas #127 – Como Chegamos Aqui? – com Rosana Pinheiro-Machado
Dicas Culturais
(Podcast) Your Undivided Attention
(Podcast) Medo e Delírio em Brasília
(Podcast) Do It Yourcast #95 Tucho (Nada Tá Bom Nunca)
Oi Viracasacas! Gostaria de agradecer pelo episódio com a Letícia Cesarino. Não a conhecia e achei excelente a exposição crítica e sensível dela sobre o tema. Já estou com todos os artigos abertos para a leitura. =) Como fiquei muito envolvida com a exposição da Leticia, vou fazer também uma pequena crítica, achei os flash’s “ao vivo” da coletiva do Moro completamente desnecessários. Obrigada!
Pessoal, boa noite1
Acompanho sempre o podcast, qual o nome dessa música que toca no início?
Resposta: É um trecho de Guerrilla Radio, do RATM