Saudações Pessoas! No Viracasacas dessa semana recebemos a socióloga Marcelli Cipriani (no Twitter @marcellicipri) para uma conversa sobre crime, castigo e encarceramento no Brasil. Marcelli é autora do recém-publicado “Os coletivos criminais de Porto Alegre: Entre a “paz” na prisão e a guerra na rua”, baseado em sua dissertação de mestrado premiada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). A partir de uma pesquisa conduzida no Presídio Central de Porto Alegre, discutimos o crescente papel das facções na organização do ambiente prisional no Brasil, bem como a estranha simbiose entre o encarceramento e a consolidação das facções nas ruas e nas prisões. E eis que as organizações de detentos, necessárias para ordenar a vida nas prisões desumanas, acabam se transformando em organizações criminosas. Da guerra nas ruas de Porto Alegre entre 2016-2018 a uma “paz negociada”, as dinâmicas das facções parecem ter um peso muito maior para a segurança pública do que as estratégias de policiamento. Ao contrário do que diz o senso comum, não é o medo que rege o poder dessas organizações que se expandem através de um sistema de reciprocidade (o apoio) e que une grupos e indivíduos. Dentro de um ambiente prisional insalubre e brutal a atuação das facções acaba sendo crucial para evitar explosões no “barril de pólvora” que são as prisões.
Dicas Culturais
(Livro) Os coletivos criminais de Porto Alegre: entre a “paz” na prisão e a guerra na rua
(Livro) Os supridores
(Livro) Ney Matogrosso: a biografia
(Livro) 1964: História do Regime Militar Brasileiro
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Expediente
Pai-Fundador: Felipe Abal
Apresentação: Gabriel Divan e Carapanã
Capas: Gui Toscan
Edição de Áudio: Thiago Corrêa & Estopim Podcasts